6 de março 2018

Por: Redação *    Fonte: Catraca Livre

“Vamos construir um carrinho movido por um balão de ar?”, perguntou a professora Débora Garofalo, 38 anos, aos estudantes da EMEF Almirante Ary Parreiras. A ideia era ensinar robótica com lixo descartado irregularmente nos arredores da escola, na zona sul de São Paulo.





A instituição, que está localizada no bairro do Jabaquara, sofre com o acúmulo de lixo às margens do córrego Águas Espraiadas. “O projeto tem ajudado a pensar uma escola que não só produz conhecimento, como também traz contribuições locais. A retirada da sujeira das ruas é um exemplo”, diz.


Apesar de não possuir um kit especializado para o desenvolver as primeiras atividades, Débora elaborou um trabalho interdisciplinar com outros professores. Papelão, tampinhas, garrafas e partes de eletrônicos quebrados foram usados como matéria-prima das criações.


O passo seguinte foi desafiar os alunos a desenvolverem suas próprias invenções, saindo do papel de espectador para protagonistas de seu aprendizado. Dessa brincadeira surgiu desde uma mesa de hóquei movida a secador até um carrinho elétrico de PVC.


Para a professora, trabalhar com um problema social existente na comunidade, como o acúmulo do lixo, tira os estudantes da passividade em relação a problemas ambientais. “Isso faz com que o aluno enxergue no material reciclável um caminho em potencial para desenvolver invenções.”


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